J.A.C.
Disponibilizamos hoje outra notícia sobre a JAC em
Balasar. Embora assinada por M, o seu autor é sem grande margem para dúvida o
P.e Leopoldino. Saiu n’A Propaganda em 13 de Fevereiro de 1937.
De notar que o pregador é o Cónego Molho de Faria, que
anos mais tarde tão desapiedadamente iria tratar a Beata Alexandrina, e também
que o salão paroquial fica a uns 100 da casa da mesma Alexandrina.
O distintivo com que ilustrámos a última mensagem pode
vir deste tempo.
Aproveitamos para apresentar a capa do livro do P.e
Mariano Pinho Carta Magna da Acção Católica Portuguesa e um excelente jugo balasarense de 1898.
Merecem calorosas
felicitações os grupos de jacistas da freguesia de Balasar, deste concelho,
pelo luzimento e entusiasmo da sua inauguração oficial como organismo da Acção
Católica. Esta festa marcou, pelo seu brilho, fervor e concorrência de fiéis da
freguesia e doutras vizinhas, que ficaram sabendo o fim desta santa obra tão
preconizada pelo actual Pontífice Pio XI.
Teve, a
abrilhantá-la, o verbo eloquente e persuasivo do nosso conterrâneo, Sr. Dr.
Molho de Faria, ilustre professor de Teologia e Moral no Seminário Conciliar
de Braga.
No sábado, 30, à noite,
houve adoração ao SS.mo Sacramento, exaltado num lindo e artístico trono como
nunca esteve naquela religiosa freguesia. O Sr. Dr. Molho fez um bom sermão sobre
os deveres dos católicos na hora presente, incitando-os à frequência dos
Sacramentos e a ingressar nas fileiras da Acção Católica.
No domingo, 31, à missa
das 7 horas, fez o notável pregador, uma substancial prática sobre a Acção
Católica, seu fim, organização e necessidade, sendo escutado com atenção e interesse
pelo povo crente que enchia o vasto templo. Comungaram todos os jacistas, acompanhados
de suas famílias, em número aproximado de 200 pessoas,
Às 11 horas, começou
a missa solene, cantando os jacistas à Missa dos Anjos, acompanhados a harmonium
pelo Sr. Abade de Rates. Às 14 horas, procedeu-se à inauguração do grande
salão paroquial, onde, doravante se ensinará a doutrina cristã e se realizarão
as reuniões das juventudes, a horas diversas. Quando o Sr. Dr. Molho de Faria,
ilustre delegado das Comissões Diocesanas, entrou no vasto salão, lindamente ornamentado
com motivos agrícolas, acompanhado pelo Rev. Abade de Balasar e de Rates, foi vivamente
saudado pela numerosa assembleia, ansiosa de assistir à sessão recreativa e ao
mesmo tempo da propaganda da Acção Católica.
Falaram, e muito
bem, sobre objecto da Acção Católica, os dignos presidentes dos grupos, sendo
muito aplaudidos. Seguiram-se diversos recitativos, diálogos, canções, cenas e
o cântico do hino jacista. Todos os intérpretes, apesar de ser a primeira vez a
aparecer em público e simples trabalhadores do campo, houveram-se muito bem e
podiam apresentar-se em qualquer vila, o que denotou grande esforço dos dirigentes.
Pouco depois das 15
horas, verificou-se no templo, repleto de fiéis que seguiam com curiosidade, as
fases da festa jacista, a Comissão oficial no organismo da Acção Católica, de
novos membros, sendo 14 rapazes, 13 raparigas para a Juventude e 10 benjaminas.
Foi impressionante o acto da imposição do distintivo, acompanhado de uma
quente alocução do Sr. Dr. Molho, bem como o compromisso tomado diante do SS.mo
Sacramento exposto. Foi uma cerimónia que deveras comoveu a assembleia.
Terminou o religioso acto com a recitação do terço e bênção eucarística.
Os dirigentes dos
grupos jacistas foram vivamente felicitados pelo povo da freguesia e estranhos
que ficaram conhecendo o objectivo da Acção Católica.
Daqui, também lhes
endereçamos quentes aplausos, desejando que prossigam eficazmente na sua obra
tão recomendada pela Igreja, para benefício espiritual da sua freguesia e
ressurgimento cristão do nosso velho Portugal, tão fortemente fustigado pelo
comunismo.