Em 1953, o
nome da Beata Alexandrina surgiu na imprensa com uma insistência nunca antes
vista. Então também o Pe. Leopoldino, até aí, e mesmo depois, tão reservado,
abriu por uma vez o jogo e falou dela sem entraves no Ala-Arriba de 18 de Julho.
Já uma vez nos referimos aqui àquela doente que vai para
trinta anos se vê presa
ao leito devido à paralisia de que é portadora e que há uns doze não pode alimentar-se
porque o seu organismo não aceita qualquer alimento.
Fizemos essa afirmação baseados em informações de médicos,
e entre eles o que é seu médico assistente há mais de uma dezena de anos.
Caso extraordinário, é motivo de dúvida para uns e descrença para outros,
mas em muitos provoca já a convicção de que só pode verificar-se por intervenção
divina.
Há mais de dez anos sumidades médicas do Porto quiseram
tirar a prova e, desconfiados de que se tratasse de embuste, exigiram o internamento
em casa apropriada onde pudessem exercer fiscalização aturada e eficaz.
Foram quarenta dias de exame e tortura para a paciente,
que resignadamente suportou no Porto quanto quiseram exigir-lhe a fim de
poderem desfazer o logro que supunham encontrar.
E a ciência não descobriu o segredo do alimento que
sustenta aquele corpo franzino e atrofiado e aquela alma generosa e boa, grande
e pura, que Deus conserva na terra até à hora senta em que a sua Divina Vontade
lhe conceda o merecido lugar junto de Si.
Esse alimento das almas não é, nunca foi dispensado
pela paciente Alexandrina Maria, e é-lhe levado diligente e diariamente pelo
velho abade da sua freguesia, a ridente, airosa e ampla Balasar.
É tal informação que nós não demos aos nossos leitores quando pela
primeira vez nos referimos a este caso.
Fazemo-lo hoje, convictos de que nem a Igreja nem os seus ministros nos censurarão por isso, porque a doente segue e defende a verdade, a eterna doutrina que Jesus Cristo instituiu na terra.
Fazemo-lo hoje, convictos de que nem a Igreja nem os seus ministros nos censurarão por isso, porque a doente segue e defende a verdade, a eterna doutrina que Jesus Cristo instituiu na terra.
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