Quem estuda a Beata Alexandrina, mais tarde
ou mais cedo, sente natural curiosidade sobre a história de Balasar.
Quanto ao Belsar (leia-se Belzar) que construiu a igreja original
do Matinho e deu o actual nome à freguesia podem-se considerar duas perguntas
da maior importância: quando viveu? Quem era ele?
Quando
viveu?
Viveu antes de 1220 pois nessa altura a
freguesia já era Santa Eulália de Belsar. Viveu depois de 1090 pois então ainda
era de Lousadelo (da vila de Lousadelo, como a de Bagunte era da vila de
Bagunte e a do Outeiro Maior era da vila do Outeiro).
A igreja e a freguesia hão-de ter
deixado de ser de Lousadelo quando esta vila foi doada ao Mosteiro de
Landim, ao tempo da infância de D. Afonso Henriques, talvez aí por 1115.
Quem
era ele?
Belsar ou tinha ligação familiar aos antepassados
dos Cavaleiros do Outeiro Maior ou aos antepassados dos Correias, então a família nobre dona de
Gresufes. Não se vê que seja de considerar terceira possibilidade.
Dos antepassados dos Cavaleiros do Outeiro
Maior conhecem-se muitos nomes, mas não consta que haja entre eles nenhum
Belsar; dos antepassados dos Correias não se conhece nome nenhum anterior a cerca
de 1150.
Estes Correias possuíam uma casa em
Fiães e foi nela, com algumas probabilidades, que viveu Belsar. Um Correia por
afinidade, cuja mulher residiu em Fiães, administrou o reguengo de Agistrim (este topónimo daria depois Gestrins) antes de 1220.
A que
ajuda esta síntese?
Esta síntese ajuda a apertar o cerco a Belsar, a limitar o tempo e o espaço onde o podemos procurar.
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