A Felismina Martins ofereceu-nos um dia
uma preciosidade que possuía: um caderninho de formato pequeno (12,5×9,2 cm),
de vinte e quatro páginas e com uma capinha preta mais rija que as folhas do
interior.
Abre com esta frase: “Este livro
pertence a Felismina dos Santos Martins”; e no começo da última página vem esta
anotação: “Dia em que entrei no noviciado, 17 de Julho de 1939”.
A sua pretensão a ser doroteia vem do
tempo do Pe. Mariano Pinho e do tempo em que a Beata Alexandrina revivia a Paixão
visivelmente. Parece-me que o caderninho reflecte esse contexto.
Ela não o foi aceite para doroteia porque
acharam que tinha pouca saúde; avaliação muito errada já que ela passou dos 100
anos...
Ao caderninho parecem faltar algumas folhas. As primeiras que se conservam estão em branco, mas há umas
quinze páginas escritas, que recolhem pequenos excertos de êxtases da
Alexandrina.
Não deve haver lá nada que o
Pe. Humberto não tivesse recolhido, mas ainda assim vamos colocar aqui tudo o que
lá se encontra.
Quem criou o amor foi o Amor
Este é o fragmento mais antigo, de 8 de
Novembro de 1940, e encontra-se numa folha despegada.
O amor de Jesus consome o coração das suas esposas.
Quem muito sofre muito ama.
Quem muito ama muita consolação dá a Jesus.
Quem muito sofre muito desagrava e repara.
O sofrimento dá a vida, salva os pecadores.
Jesus quer salvá-los e eles só buscam a perdição.
Jesus quer deles receber amor e só recebe ingratidão.
Vinde, ó almas-vítimas, sofrer sem descansar para sem descansar amar!
Quem criou o amor foi o Amor.
Sem comentários:
Enviar um comentário