Braga, 13 de
Outubro de 1979
Santíssimo
Padre
O meu
venerando e imediato antecessor de feliz memória, D. Francisco Maria da Silva,
iniciou com devoção, em 14 de Janeiro de 1967, e encerrou com alegria, em 10 de
Abril de 1973, o Processo canónico para a beatificação e canonização da Serva
de Deus ALEXANDRINA MARIA DA COSTA.
Nascida em
Balasar, paróquia desta Arquidiocese, em 30 de Março de 1904, ali faleceu em 13
de Outubro de 1955, há precisamente vinte e quatro anos, contando cinquenta e
um de idade.
Não a
conheci pessoalmente.
No entanto,
por várias vias, chegaram até mim, enquanto exerci o múnus sacerdotal em
Coimbra e o serviço episcopal em Moçambique e Angola, o eco das suas heróicas
virtudes e a fama da auréola de santidade que a envolveu durante a vida – e
após a morte.
Verifico
agora que a convicção de aquela Serva de Deus ser verdadeira santa está arreigada
no povo humilde, tal como nos homens cultos que com ela privaram – nomeadamente
sacerdotes e médicos – ou simplesmente a conheceram.
Embora
julgue saber que os Bispos de Portugal, constituídos em Conferência, tendo dado
o seu apoio ao processo canónico, aguardam como feliz remate a sua canonização,
creio dever fazê-lo também a título pessoal, por ser o actual Pastor da Igreja
diocesana que ela serviu com as suas orações e enriqueceu com o alto exemplo
das suas virtudes durante a vida e após a morte.
O Povo de
Deus desta Diocese e circunvizinhas espera ansiosamente a sua glorificação na
Terra.
E o
Arcebispo de Braga junta a sua voz à do povo humilde mas dotado de
sensibilidade e intuição religiosa e leva até junto de Vossa Santidade a
expressão viva dos seus ardentes desejos.
Convicto de
que a sua glorificação terrestre muito contribuirá para o enriquecimento
espiritual da Comunidade cristã, quer na sua configuração local, que mesmo a
nível da Igreja Universal, ouso solicitar a Vossa Santidade a graça da próxima
beatificação da Serva de Deus ALEXANDRINA MARIA DA COSTA.
+ Eurico
Dias Nogueira
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