A vinda do Pe. Mariano Pinho
O dia
16 de Agosto de 1933 foi um dia grande para Balasar: concluiu-se então um
tríduo em honra do Sagrado Coração de Jesus e houve a inauguração da Cruzada
Eucarística das Crianças da freguesia. O tríduo esteve a cargo do notável
orador Pe. Mariano Pinho e vieram o arcipreste António Gomes Ferreira, que era
balasarense, o Pe. José Cascão e pelo menos mais dois sacerdotes. O Pe.
Leopoldino Mateus paroquiava a freguesia desde há cerca dum mês.
Fotografia da Cruzada Eucarística de Balasar no dia da sua instituição em 16 de Agosto de 1933. Em primeiro plano, vêem-se os miúdos da Cruzada, ao centro, mais para trás, as meninas, do lado direito devem estar as zeladoras e do lado esquerdo está o Pe. Leopoldino; por trás dele, alguns curiosos terão aproveitado para figurar no retrato. A jovem à frente do pároco deve ser a Mariazinha Machado. Os fotografados encontram-se nas "escadas do Calvário", que parece que ficava à frente de onde foi construída a residência paroquial.
Foi então que o Pe. Mariano Pinho assumiu a direcção da espiritual da Alexandrina, o que constituiu um marco na vida dos dois.
Foi então que o Pe. Mariano Pinho assumiu a direcção da espiritual da Alexandrina, o que constituiu um marco na vida dos dois.
Ela
tinha à sua frente uma caminhada originalíssima e difícil e sozinha perder-se-ia
no caminho. Mas agora ia ter a seu lado um homem santo e sábio para a
aconselhar.
Veja-se
o que contou sobre esse dia:
Em 16 de Agosto de 1933, Sua Reverência veio à nossa
freguesia fazer um tríduo ao Sagrado Coração de Jesus, tomando-o então para meu
director espiritual.
Não lhe falei nos oferecimentos que fazia ao sacrário,
nem nos calores que sentia, nem na força que fazia elevar, nem nas palavras que
tomei como uma exigência de Jesus. Pensava que era assim toda a gente.
Só passados dois meses é que lhe falei nas palavras de
Jesus e do resto nada disse, porque nada compreendia como coisas de Nosso
Senhor. Apesar de Sua Reverência não me dizer que eram palavras de Nosso
Senhor, eu continuei sempre e cada vez mais unida a Nosso Senhor. Quer de dia
quer de noite eram os sacrários os meus lugares predilectos.
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