A escolha feita por Manuel Nunes e D.
Benta da invocação de Nossa Senhora da Lapa para a sua capela merece um esclarecimento.
Desde alguns anos antes, um sacerdote nascido
no Brasil, cónego da Sé de São Paulo e monsenhor, de nome Ângelo Sequeira, desenvolvia
em Portugal, e em concreto no Porto e na Diocese de Braga, intensa e bem-sucedida
actividade de divulgação da devoção à Senhora da Lapa. Era um homem cheio de entusiasmo
e de obras e por isso mobilizava as pessoas. Sabe-se que está na origem da Igreja
da Lapa, no Porto, e da igreja da mesma invocação, em Braga e sabe-se também
que esteve na Póvoa, certamente em 1755, onde se fundou a “Confraria de Nossa Senhora
da Lapa, Amparo dos Homens do Mar”.
O Pe. Ângelo Sequeira é autor de vários
livros. Num deles, a Botica Preciosa da Lapa e Tesouro Precioso da Lapa (a Senhora da Lapa é que é a botica ou
farmácia preciosa e o tesouro precioso), além de textos muito convincentes relativos
à devoção à Senhora da Lapa, vem uma pintura da imagem da mesma Senhora. À
semelhança dela, foram esculpidas muitas imagens e com certeza a que se venerou
na Capela da Quinta.
Imagem de Nossa Senhora da Lapa divulgada pelo Mons. Ângelo
Sequeira e que deve ter servido de modelo para a que se venerou na Quinta de
Balasar.
O sobressalto provocado pela actividade
do Pe. Ângelo Sequeira deixou marcas de que ainda hoje se conservam memórias na Póvoa e arredores.
Nesta localização encontra-se um óptimo trabalho de Agostinho Araújo sobre os "milagres" da Senhora da Lapa, de Vila do Conde, alguns de data como 1759, 1760 e 1761.
Colocamos a seguir cópia de um deles, de 1759, onde se vêem um negro e um branco muito bem vestidos. Estas vestes deveriam ser semelhantes às que se usavam em casa de Manuel Nunes. De reparar que a imagem de Nossa Senhora da Lapa é muito parecida com a que vem na obra do Pe. Ângelo Sequeira. O beneficiado era de São Simão da Junqueira.
Esta mensagem complementa alguns aspectos da anterior, mas não a substitui.
Nesta localização encontra-se um óptimo trabalho de Agostinho Araújo sobre os "milagres" da Senhora da Lapa, de Vila do Conde, alguns de data como 1759, 1760 e 1761.
Colocamos a seguir cópia de um deles, de 1759, onde se vêem um negro e um branco muito bem vestidos. Estas vestes deveriam ser semelhantes às que se usavam em casa de Manuel Nunes. De reparar que a imagem de Nossa Senhora da Lapa é muito parecida com a que vem na obra do Pe. Ângelo Sequeira. O beneficiado era de São Simão da Junqueira.
Esta mensagem complementa alguns aspectos da anterior, mas não a substitui.
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