A Beata Alexandrina terá conhecido por
dentro a Capela da Senhora da Lapa, na Quinta de Balasar? Provavelmente. Mas se
a não conheceu por dentro, conheceu-a ao menos por fora e ela é uma bela obra
de arte.
Capela da Senhora da Lapa, em Balasar.
Esta capela surgiu no seguimento dumas
pregações que na Póvoa e certamente também em Vila do Conde, possivelmente em 1755, e que se revelaram muito motivadoras. Os
pregadores foram os Missionários Apostólicos, dirigidos então pelo padre
brasileiro (entenda-se, nascido no Brasil, em São Paulo, que este país ainda
não era independente) Ângelo Sequeira. “Tinham o costume de colocar sob a
protecção de Nossa Senhora da Lapa o resultado do seu apostolado” (Mons. Manel
Amorim).
A lápide do túmulo de Manuel Nunes data
de 1758, o que quer dizer que nesse ano as obras da construção, se não
estivessem acabadas, estariam adiantadas.
De Maio desse mesmo ano, há notícia de
que estavam em andamento as obras da grandiosa Igreja da Senhora da Lapa de
Vila do Conde (de “estrutura magnífica e custosa”).
Na Póvoa, criou-se então a “Confraria da
Senhora da Lapa, Amparo dos Homens do Mar” e construiu-se mais tarde uma igreja.
Na antiga igreja paroquial de Santagões, não longe de Balasar, há uma imagem da Senhora da Lapa, ora ela foi reconstruída nos anos de 1755 a
1757.
Do mesmo tempo vêm as obras da Senhora da Lapa,
no Porto; esta igreja também tem no seu começo o impulso do Pe. Ângelo Sequeira. No testamento, em Julho de 1756, Manuel Nunes deixava 6.000 réis para as obras dela, mas mais tarde retirou o legado, talvez por ter construído ele mesmo uma capela à Senhora da Lapa.
Há uma capela da Senhora da Lapa em
Vilarinho, Macieira da Maia.
Mas não se pode falar desta invocação mariana sem mencionar o Santuário da Lapa,
em Sernacelhe. Tem uma antiga e bela história.
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