No Diário do Minho de 13 de Janeiro de 1996, foi publicado o
artigo que se segue (aqui transcrevemo-lo d'O Notícias da Póvoa de Varzim de 17 de Janeiro). A Serva de Deus Alexandrina Maria da Costa acabava de ser
declarada Venerável.
Alexandrina Maria
da Costa, que faleceu em Balasar, Póvoa de Varzim, em 1955, foi declarada
Venerável, no dia 12 do corrente.
Juntamente com aquela
Mística portuguesa foram declarados veneráveis mais sete servos de Deus. A
Alexandrina aparece em oitavo lugar por ser, de todos eles, a que faleceu há
menos tempo.
A leitura dos respectivos decretos teve lugar no Vaticano,
pelas 12.00 horas, na presença do Santo Padre, dos membros da Congregação para
as Causas dos Santos e dos postuladores das várias causas de beatificação.
Isto significa que
a Igreja reconhece ter Alexandrina Maria da Costa praticado acima do comum -
em grau heróico - as virtudes cristãs. Deixou de ser chamada Serva de Deus
para ter o título de Venerável. Agora segue-se a análise dos milagres que são
atribuídos à sua intercessão, podendo o Santo Padre vir a declará-la Beata.
O título de
Venerável não dá, todavia, direito a que se lhe preste culto público, com o
qual só é lícito venerar os servos de Deus que pela autoridade da Igreja foram
incluídos no álbum dos Beatos e dos Santos, conforme o Cânone 1.187, do Código
de Direito Canónico.
Alexandrina Maria
da Costa nasceu em Balasar no dia 30 de Março de 1904. Frequentou, durante ano
e meio, a escola primária na Póvoa de
Varzim, onde aprendeu a ler e a escrever,
mas não fez nenhum exame. Dos 8 aos 14
anos, viveu um período intenso de oração e de
trabalho, tendo aos 12 anos sido acometida de uma doença grave que a levou
às portas da morte. Aos 14 anos, para fugir de um homem que abusivamente
entrou em sua casa, Lino Ferreira,
deitou-se abaixo da janela, de uma
altura de quatro metros. Em consequência disso sujeitou-se durante sete anos
a dolorosos tratamentos, mas a partir de 14 de
Abril de 1925 ficou imóvel, tendo de
permanecer na cama durante trinta anos.
Veio a falecer a 13 de 1955.
Compreendendo que a
sua vocação era o sofrimento - sofrer, amar, reparar - ofereceu-se a Deus como vítima pela salvação das almas.
Foi porta-voz da
vontade de Deus no pedido de consagração do mundo ao Coração Imaculado de
Maria, proclamada por Pio XII, em 1942.
Teve uma grande
amor à Santíssima Eucaristia fazendo da sua vida uma contínua adoração eucarística.
Não podendo já engolir nem sequer uma gota de água, viveu os últimos treze anos
alimentada apenas pela comunhão diária, à semelhança do que aconteceu com
Teresa Neumann e outras místicas.
Foi grande também o
seu amor pela Paixão de Cristo tendo-a vivido misticamente de modo cada vez mais
intenso. Sofreu as dores das chagas, da coroação de espinhos, da flagelação.
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