Em
1542, Gresufes estava definitivamente anexada a Balasar e já não possuía
independência eclesiástica desde há mais de 100 anos, mas tinha igreja. O abade
de Balasar era então Manuel Gonçalves, que residia em Vila do Conde.
O Casal
da Igreja de Santa Ovaya de Balasar oferecia condições sensivelmente
melhores que o de Gresufes. Neste ainda não havia telha (só colmo a cobrir as
casas) nem soalho (o piso das divisões era em terra), no de Balasar, havia
telha e havia soalho – mais conforto. Mas tudo rés-do-chão.
Que
mundo tão distante do nosso este, do tempo de Camões, que partiu para a Índia
em 1553...
A
igreja de Balasar era a antepassada daquela em que a Beata Alexandrina foi
baptizada.
Título do Casal da Igreja de Santa Ovaya de Balasar
Primeiramente, uma casa sobradada que tem uma sala e duas câmaras e uma cozinha, todas telhadas.
Outra casa telhada que serve de câmara.
Pegado com o cabido da dita igreja, quatro casas térreas telhadas e uma delas colmaça.
Uma casa colmaça em que vive o caseiro.
Um eido com duas cortes.
Mais duas cortes de gado colmaças.
Um pombal pegado com as casas.
Um tapado que levará um quarto de semeadura, que serve de colmeias.
O
cabido da igreja era um alpendre na frente dela (como ainda hoje na Senhora das Neves). As várias casas de que se
fala, se não eram da residência do pároco, eram anexos agrícolas para o caseiro. O tapado devia ser um quintal.
Título do Casal do Assento de São Salvador de Grisuffe, anexa de Balasar
Uma casa pegada com a eira, em que vive Pêro Gonçalves, colmaça.
Outra casa de adega, outrossim colmaça, em que o dito Pêro Gonçalves soía a viver e pegada com ela outra casa de celeiro, colmaça.
Quatro eidos de gado, colmaços.
Pegado com a eira, uma casa colmaça, que serve de lagar.
E pegado com casas de celeiro, uma latada de arredor com quatro ou cinco macieiras e levará um homem de cava.
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