Ao estudar os cadernos
de eleitores balasarenses para a Junta de Paróquia dos anos de 1886 e 1889, de
quando Maria Ana, a mãe da Alexandrina, tinha cerca de dez anos, recolhemos as informações
que colocámos nas duas tabelas abaixo.
Na primeira
ocorrem o seu pai e o seu avô, na segunda só o seu pai: assinalámos os nomes a
itálico. Do avô, vê-se que era homem bastante abastado, do pai nem tanto, mas
certamente, em 1889, ainda esperava herdar parte dos haveres paternos. Eram os
dois analfabetos.
Do nome que
inicia a primeira tabela, António da Costa Reis (repare-se no seu rendimento),
sabe-se que era da Casa da Torre, vizinha da dos Vicentes. Foi dessa casa o Pe.
José António da Costa Reis, falecido em 1891 e de lá também haveria de ser o Carlos
da Costa Reis, de triste memória.
António da Costa
Reis era padrinho e possivelmente tio por afinidade do pai da Alexandrina.
Ocorrem dois
Farias, o Manuel e o José, que devem ser pai e filho e antepassados dos dois homens
do mesmo apelido que participaram no assalto
à casa da Alexandrina no Sábado Santo de 1918.
Manuel da Costa
Boucinha é o célebre político balasarense.
Na segunda
tabela não ocorre pai da Maria Ana, o que, só por si, não indica que tivesse
falecido.
Manuel António
Machado era outro vizinho da Casa dos Vicentes e foi também pai dum sacerdote,
Joaquim da Costa Machado.
O Joaquim
Boucinha que abre a lista era irmão do Manuel da Costa Boucinha.
A habilitação
literária primária corresponderia a alguma capacidade de leitura e a assinar o
nome; não significaria que tivesse havido frequência de escola.
Sem comentários:
Enviar um comentário