Na biografia da Beata Alexandrina Só por Amor!, a D. Eugénia recolhe este
testemunho da Dra. Irene de Azevedo, filha do Dr. Azevedo (querida amiga que
muitas vezes tinha escrito, em substituição da Deolinda, o que a Alexandrina
ditava para os seus diários), sobre os últimos momentos da vida terrena da biografada:
Tinha-se
a sensação de que naquele quarto de dor acontecia algo de tremendamente grande
e misterioso: tinham chegado os últimos momentos duma vítima à qual tinha sido
pedida uma grande reparação.
Junto
dela, tentava dar-lhe um pouco de consolo molhando-lhe os lábios secos.
Não
ousava quase falar com o temor de lhe aumentar o sofrimento.
(...)
Pedia com insistência a Deus que a levasse depressa para o Céu: única oração
digna dela. (...) Que expressão tinha! Santa resignação à vontade de Deus, mas
sofrimento de aterrorizar, e tal que uma alma pode suportar naquele modo só com
uma graça e uma ajuda grande do Senhor.
Desde
então faço uma ideia do que terá sido a Paixão e Morte do Senhor. (...) Contemplando
o seu vulto dolorosíssimo, parecia-me ouvir a frase de Jesus: “Pai, porque me
abandonaste?”
Tudo
estava consumado.
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